terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caracterização do percurso

Nome do Percurso:
Tipo de Percurso: percurso de pequena rota, em escalada
Âmbito do Percurso: paisagístico-natural
Ponto de Partida/Chegada:
Distância do Percurso:
Duração do Percurso:
Grau de Dificuldade: Elevado
Cota no ponto de partida:
Cota máxima atingida:
Condições climatéricas:
Principais dificuldades:
Recomendações a destacar no final:
Outras observações:

Serei capaz?... Afinal, é fácil!...

Já na descida da montanha, um dos jovens, parecendo que “contra-argumentando” contra ele próprio, em razão do que foi sentindo e comentando durante a subida, desabafou vitoriosamente qualquer coisa do género: “Afinal, isto até nem é nada de especial, não tem dificuldade nenhuma”.

Os cotas, cuja experiência pessoal lhes permite dispor já de uma medida mais certa das coisas, sorriram perante esta sobranceria inocente, mas também aliviada; e, sobretudo, bem satisfeita. E comentaram: “Amigo, nestas coisas, nem se deve temer na subida, nem se deve desdenhar na descida.”

No fundo, há sempre…

- um momento em que desconhece, e outro em que se fica a conhecer;

- um tempo em que se duvida, e um tempo em que se confia outra vez;

- um tempo em que se tem medo, e um tempo em que se vence o medo;

- um tempo em que se sente ficar sem forças, e um tempo em que se sente as forças renovadas;

- um tempo em que se sente a vertigem de desistir, e outro tempo em que se sente capaz de vencer todos os obstáculos;

- um tempo em que se pensa que se é o único a fraquejar, e um tempo em que se sente a força solidária dos companheiros;

- um tempo em que se sente insatisfação consigo próprio, e outro tempo em que se sente orgulho pessoal dos feitos conseguidos;

- um tempo em que se reconhece que não se sabe, e um tempo em que se descobre que se aprendeu;

- um tempo em que se sente o orgulho dos ousados, e outro tempo em que se descobre a humildade dos sábios.

A maturidade e o crescimento pessoal, no fundo, deve fazer-se cada aventureiro da Natureza reconhecendo, em si próprio, cada um destes sentimentos, cada um destes momentos, que vão e voltam; reconhecendo-os, nunca os negando; nunca se envergonhando dos do lado da fraqueza, nem nunca se vangloriando absolutamente dos do lado da força e do êxito.

O desafio da subida

Cada um à sua maneira, todos os jovens que participaram na subida ao Pico mostravam alguma expectativa temerosa, dada a completa ignorância sobre as dificuldades que iriam encontrar e, em consequência, sobre as capacidades pessoais para as vencer.

Todos avançavam para a ponta do Pico pela primeira vez nas suas vidas.

Nos grupos há sempre quem seja mais discreto na expressão do que pensa e do que sente, e quem seja mais aberto na expressão dos cansaços, dos temores e das dúvidas.

Os “cotas”, que já tinham visto as fumarolas da ponta do Pico, deixaram os jovens entregues à sua experiência virginal, de maneira a que melhor se sentissem, se experimentassem e se conhecessem. Apenas aqui e ali um pequeno conselho, a tentar prevenir uma ferida na mão pelo uso tenso do bastão, a formas da passada (“Se puderes fazer com três passos, não faças com dois; se puderes fazer com quatro passos, não faças em três”), a gestão no consumo da água… e pouco mais.

domingo, 23 de agosto de 2009

Yellowstone, nem de propósito!

Muito se falou de Yellowstone quando subimos o Pico, antecipando futuras manifestações vulcânicas espectaculares e catastróficas... mais do Pico que de Yellowstone.
Nem de propósito! Quando cheguei a casa, em Lisboa, e fui ver o correio acumulado, tinha à minha espera o número de Agosto da revista da National Geographic. Com um artigo sobre o Parque Nacional Yellowstone.
Diz assim: "(...) Yellowstone é um vulcão e não é um vulcão qualquer. O mais antigo e mais famoso parque nacional dos Estados Unidos assenta precisamente em cima de um dos maiores vulcões do planeta. (...) não está extinto: está perturbadoramente vivo. (...)
A questão fundamental continua a ser: irá o supervulcão explodir de novo? (...) Pode acontecer no nosso tempo de vida, daqui a cem mil anos, ou talvez nunca."

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Os heróis da aventura

Para a posteridade, aqui ficam as imagens e os nomes dos heróis.
Data do feito, para que não se perca nunca:
20 de Agosto de 2009,
subida iniciada por volta das 8h20 e chegada ao ponto de partida às 16h35.


Da esquerda para a direita:
Fernando Pinto, José Henrique, Luís Cabral, Ana Neves, Rui Neves, João Azevedo, Pedro Azevedo, Mariana Azevedo, Carlota Vieira;
e, no coração de alguns, Pi Neves.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A montanha do Pico


Majestoso vulcão que domina a ilha com os seus 2.351m de altitude, coroado pelo Pico Grande, cratera arredondada com cerca de 700m de perímetro e profundidade que atinge os 30m. Numa extremidade da cratera o cone vulcânico do Piquinho, ou Pico Pequeno com cerca de 70m de altura, de cuja base emanam fumarolas, constitui o cume da cratera. A subida ao Pico é possível sempre que acompanhado por guia local.
fonte: http://www.azores.gov.pt/

Carta vulcanológica (simplificada) da ilha do Pico

Um pouquinho do bilhete de identidade do gigante que nos espera:

"A ilha do Pico, pelas suas características intrínsecas, designadamente a extrema juventude das suas formações geológicas e a natureza predominantemente basáltica e efusiva do seu vulcanismo, em nítido contraste com a maioria das restantes ilhas do arquipélago, de vulcanismo ácido e explosivo, apresenta-se como um laboratório natural, por excelência, para o estudo, a compreensão e a modelização dos mecanismos envolvidos na génese das ilhas oceânicas. A ilha do Pico, implantada na Zona de Fractura Faial-Pico, uma mega-estrutura tectónica que estabelecerá, na intersecção com a Crista Médio-Atlântica, o actual posicionamento da junção tripla dos Açores, evidencia uma importante actividade vulcânica histórica e apresenta-se como uma região de vulcanismo activo, dominada por um imponente estratovulcão na sua metade ocidental e por uma extensa cordilheira vulcânica, na sua região oriental."
O texo e a imagem foram tirados da tese de doutoramento de João Carlos Carreiro Nunes, professor de Vulcanologia da Universidade dos Açores, no departamento de Geologia.



Diário de bordo

As tantos dias do mês de Agosto de 2009, depois da Semana do Mar no Faial...
Vai começar assim o nosso diário de bordo