sábado, 18 de agosto de 2018

Homónimo Venâncio, eu ainda sou do tempo...

É verdade, caro Fernando. Subi ao Pico pela primeira vez em Agosto de 1990.
Tinha vindo para o Faial para fazer companhia à minha irmã que estava gravidíssima na sua primeira vez destas coisas. Os médicos recomendavam-lhe repouso absoluto.
Num dos dias da estada, meti os pés ao caminho, atravessei o Canal, vendo peixes-voadores como penso que nunca mais voltei a ver.
Já esta primeira subida tem muito para contar; depois o farei.
O que quero dizer-te agora é o seguinte: subir em 1990 é dizer que eu sou ainda do tempo em que

  1. tanto quanto sei, não havia quaisquer regras obrigatórias para cumprir antes, durante e depois da subida da Montanha. Apenas a recomendação de que passássemos pelo quartel dos bombeiros da Madalena a avisarmos que iríamos subir, e qual a previsão da volta; à volta, passaríamos outra vez lá a dizer «Já voltei. Obrigado!»;
  2. em que passou a haver, durante a parte mais carregada de aventureiros do Verão, no fim da estrada de alcatrão que quase nos põe na furna do Pico, um carro dos bombeiros da Madalena, com dois dos seus efectivos, que faziam o controlo das subidas e descidas dos montanhistas. Desta primeira vez de contacto com os bombeiros no começo do trilho também tenho uma história engraçadíssima;
  3. em que foi construída uma pequena Casa da Montanha, que passou a fazer o registo mais formal dos escaladores e a avisá-los acerca do cumprimento de determinadas regras. Nesta altura eram já evidentes alguns procedimentos de controlo do número de pessoas montanha acima montanha abaixo;
  4. em que se tornaram absolutamente regulados e compulsivos- e pagos! - os procedimentos para subir a Montanha. É o que vigora actualmente.

domingo, 31 de julho de 2011

As condições meteorológicas dos Açores

Ora, graças à minha parceira facebookiana, Hélia Costa (Obrigado, Hélia!), cheguei a este sítio, que não nos deixa mentir sobre o tempo nos Açores; nem deixa os meteorologistas dos telejornais fazerem o mesmo!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Damn! I thought I knew that!: Damn! I thought I knew that!

Vou escrever aqui coisas que vão aparecendo ao sabor do que o meu programa de doutoramento mandar.
Agradeço todos os contributos, em qualquer língua.
Damn! I thought I knew that!: Damn! I thought I knew that!: "I don’t know, but I like to think that the sentence “Damn! I thought I knew that!” is a kind of child, or grandchil of that one students use..."

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

As albarcas de São Mateus

" [...]João Mateus enfiou as calças de cotim coçado e a camisa de fora e passou à cozinha a completar a farpela da vida do mato…Aí calçou as albarcas com as meias de lã miscra [...]"
É assim que escreve José Augusto Soares no seu blogue (http://casteletesempre.blogspot.com/2009_05_01_archive.html) num apontamento de 28 de Maio de 2009.
Hoje tomei, pela primeira vez, contactos com homens e mulheres que calçavam albarcas. Falei com alguns dos homens. Ao que me dizem, feitas de pele de porco e eram consideradas as melhores calçaduras dos pés para o trabalho nas vinhas do Pico. "Mas o senhor venha aí daqui a bocadinho, quando formos para o palco... Está aí o [não fixei o nome], que vai explicar isso tudo com todos os pormenores, ele é que sabe, quando estivermos a atuar..." Eu olhava as albarcas e as meias, tentando criar uma mnemónica para não me esquecer do nome do calçado. Não foi difícil. Olhei para o relógio do picaroto que falava comigo e perguntei-lhe: "Então, às nove e meia, não é?"
Lá apareci, para ver e fotografar a que estão destinadas agora aquelas albarcas: a dançar folclore, em dias de festa. As danças do Grupo Folclórico da Casa do Povo de São Mateus, do Pico.

domingo, 27 de junho de 2010

UN Secretary-General invites you to be a Citizen Ambassador

É um desafio engraçado, tornarmo-nos Embaixadores da Cidadania. Em todo o mundo.
Porque não tentar?... Por mim, disponho-me a fazê-lo e a ajudar quem o queira fazer também. Força!
Tantas vezes que nos interrogamos como podemos participar ativamente nas grandes questões do mundo. Esta talvez seja uma oportunidade interessante.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Alterações climáticas em Portugal

Copenhaga: Portugal aqueceu 1,2 graus desde 1930
Nos últimos anos houve um aumento das temperaturas médias em Portugal.
Lusa
9h00, terça-feira, 8 de Dezembro de 2009


Portugal aqueceu 1,2 graus nas últimas décadas e vive fenómenos extremos como chuvadas intensas, ondas de calor e vagas de frio prolongadas. O Instituto de Meteorologia monitoriza este tempo e procura antecipar-se ao futuro catastrófico que estará para chegar.
Clique para ler mais sobre a CIMEIRA DE COPENHAGA

"Os fenómenos extremos podem vir a ter frequência maior do que no passado. Estamos a bater recordes sucessivos de verões mais quentes, ondas de calor mais prolongadas. Nos últimos 30 anos houve uma curva ascendente nas temperaturas médias", alerta Adérito Serrão, presidente do Instituto de Meteorologia (IM).
A temperatura média em Portugal subiu 1,2 graus desde 1930. Antes disso demorara um século para aumentar 0,8 graus. Esta diferença "significativa" explica-se em grande parte pela revolução industrial, que trouxe alterações nas emissões de dióxido de carbono, acrescenta o especialista.
Cada vez mais o aumento da temperatura média e a ocorrência de episódiosextremos maiores, como o frio, o calor e a precipitação de curta duraçãomas intensa, ganham maior consistência, o que a continuar trará perturbações a todos os níveis, desde os recursos hídricos à biodiversidade, passando pela energia, saúde, turismo e actividade económica.
"Se a projecção se mantiver, terá efeitos graves. Tudo o que ultrapassa os dois graus em relação a 1990 tem consequências com irreversibilidade nos ecossistemas e poderá gerar catástrofes, como aconteceram já no passado, mas com mais intensidade".
O Instituto de Meteorologia tem um projecto em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para estudar estes cenários climáticos e medir os seus impactos no continente.
Os resultados destes estudos podem sustentar políticas de adaptação às alterações climáticas, explica Adérito Serrão.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Olha que fotografias do Pico!

O picuense Rui Silva visitou o nosso blogue e presenteou-nos gentilmente com a indicação do seu sítio, onde colocou lindíssimas fotografias do Pico, da gente do Pico, das celebrações e da cultura do Pico.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Miguel visto do Pico

Queridos amigos,
Temos de ser capazes de ir lá à ponta do Pico, olhar a imensidão das coisas cá em baixo e conseguirmos ver... ali!... ali mesmo!... o Miguel e o seu drama:

domingo, 13 de setembro de 2009

From Wikipedia, the free encyclopedia

Mount Pico

Mount Pico as viewed from Faial Island
Mount Pico is located in Azores
Mount Pico
Mount Pico
Elevation2,351 m (7,713 ft)
LocationPico Island, Azores, Portugal
RangeMid-Atlantic Ridge
Prominence2,351 m (7,713 ft)
Coordinates38°28′00″N 28°24′00″WCoordinates: 38°28′00″N 28°24′00″W
Typestratovolcano
Last eruption1720
Easiest routetrail
ListingCountry high point
Ultra

Mount Pico (Ponta do Pico, in Portuguese) is a stratovolcano and the highest point on Pico Island in the Azores. It reaches an altitude of 2,351 meters (7,713 ft) above sea level, which makes it the highest point in Portugal and also in the Mid-Atlantic Ridge. Pico is more than twice the elevation of any other peak in the Azores.

Pico Alto the round crater about 500 meters (1,600 ft) in diameter and 30 meters deep tops the volcano, with Piquinho (Pico Pequeno) a small volcanic cone rising 70 meters within it to form the true summit. Historical eruptions of Pico have occurred from vents on its flanks rather than the summit crater. In 1562–64, an eruption on the southeast flank produced lava flows which reached the sea. Another flank eruption in 1718 also produced flows which reached the coast. The most recent eruption occurred in December 1720.

Hiking trails are available and the ascent to the summit can be made in around two to four hours from the trailhead for fit persons depending on weather which can be quite treacherous especially in winter months.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ah grandessíssimo Pico!!


Olá companheiros de aventura! ;)
Passei por aqui só para dizer que a nossa subida ao ponto mais alto de Portugal foi de facto um momento, nao diria unico porque quero repetir, mas inesquecivel! *.*
Tudo era diferente, tudo era especial, tudo era novo, nem que fosse por ser a primeira vez ^^
O sol abrasador, o companheirismo, a extensão da caminhada...Tudo com a sua...como diria o Sr. Fernando, a sua ambiência :D
Abraços e beijinhos pra todos!
P.S1: espero q compreendam os smiles, é vício xD
P.S2: Gostei muito de rever o João, a Mariana e os seus pais na minha Terrinha, foi uma surpresa agradável :)


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caracterização do percurso

Nome do Percurso:
Tipo de Percurso: percurso de pequena rota, em escalada
Âmbito do Percurso: paisagístico-natural
Ponto de Partida/Chegada:
Distância do Percurso:
Duração do Percurso:
Grau de Dificuldade: Elevado
Cota no ponto de partida:
Cota máxima atingida:
Condições climatéricas:
Principais dificuldades:
Recomendações a destacar no final:
Outras observações:

Serei capaz?... Afinal, é fácil!...

Já na descida da montanha, um dos jovens, parecendo que “contra-argumentando” contra ele próprio, em razão do que foi sentindo e comentando durante a subida, desabafou vitoriosamente qualquer coisa do género: “Afinal, isto até nem é nada de especial, não tem dificuldade nenhuma”.

Os cotas, cuja experiência pessoal lhes permite dispor já de uma medida mais certa das coisas, sorriram perante esta sobranceria inocente, mas também aliviada; e, sobretudo, bem satisfeita. E comentaram: “Amigo, nestas coisas, nem se deve temer na subida, nem se deve desdenhar na descida.”

No fundo, há sempre…

- um momento em que desconhece, e outro em que se fica a conhecer;

- um tempo em que se duvida, e um tempo em que se confia outra vez;

- um tempo em que se tem medo, e um tempo em que se vence o medo;

- um tempo em que se sente ficar sem forças, e um tempo em que se sente as forças renovadas;

- um tempo em que se sente a vertigem de desistir, e outro tempo em que se sente capaz de vencer todos os obstáculos;

- um tempo em que se pensa que se é o único a fraquejar, e um tempo em que se sente a força solidária dos companheiros;

- um tempo em que se sente insatisfação consigo próprio, e outro tempo em que se sente orgulho pessoal dos feitos conseguidos;

- um tempo em que se reconhece que não se sabe, e um tempo em que se descobre que se aprendeu;

- um tempo em que se sente o orgulho dos ousados, e outro tempo em que se descobre a humildade dos sábios.

A maturidade e o crescimento pessoal, no fundo, deve fazer-se cada aventureiro da Natureza reconhecendo, em si próprio, cada um destes sentimentos, cada um destes momentos, que vão e voltam; reconhecendo-os, nunca os negando; nunca se envergonhando dos do lado da fraqueza, nem nunca se vangloriando absolutamente dos do lado da força e do êxito.